Foto: Secom
Publicado por: Amanda Escorsin | 12 nov 2024
Resultado obtido pelas forças policiais goianas – 86% de elucidação de crimes – é mais que o dobro da média nacional, segundo relatório do Instituto Sou da Paz com base em dados de 2022. Jornal Nacional destacou desempenho de Goiás
Uma reportagem exibida pelo Jornal Nacional, da Rede Globo, na noite desta segunda-feira (11/11), trouxe à tona um dado alarmante: 61% dos homicídios ocorridos no Brasil em 2022 não foram solucionados. O levantamento, realizado pelo Instituto Sou da Paz e divulgado no relatório “Onde mora a impunidade?”, expôs as lacunas na investigação criminal em grande parte do país. Goiás, no entanto, despontou como exceção a essa realidade: o estado apresentou um índice de esclarecimento de homicídios de 86%, enquanto a média nacional ficou em 39%.
“Esse resultado reforça aquilo que venho dizendo já há algum tempo e que o Brasil está reconhecendo agora: em Goiás bandido não se cria”, afirma o governador Ronaldo Caiado. Ele lembra que, no estado, segurança sempre foi prioridade. “Investimos muito em estrutura, capacitação, inteligência, e demos autonomia para os nossos policiais trabalharem. O resultado está aí”, completa o governador, ao parabenizar as polícias Civil, Científica e as demais forças policiais goianas pelo resultado.
De acordo com o relatório, em 2022, o estado registrou 975 denúncias para um total de 1.136 homicídios ocorridos naquele ano. O desempenho colocou Goiás em posição de destaque no cenário nacional, ficando atrás apenas do Distrito Federal entre os mais eficientes na resolução desse tipo de crime. O Mato Grosso do Sul ficou em terceiro lugar, com 71%. A Bahia teve o menor índice, apenas 15%.
O documento indica que, em Goiás, 60% dos homicídios dolosos consumados em 2022 foram denunciados no mesmo ano; outros 26% foram oferecidos no ano seguinte. Apenas 14% dos casos permaneceram sem denúncia até o final de 2023. Esse desempenho deu ao estado uma classificação “Alta” no índice de esclarecimento calculado pela entidade, consolidando Goiás como referência em investigação criminal no país.
Lançado na segunda-feira (11/11), o sétimo relatório da pesquisa “Onde Mora a Impunidade?” mostra tendência de crescimento do indicador nacional de esclarecimento de homicídios a partir de 2021. O documento registra um índice de 39% de esclarecimento para os homicídios dolosos ocorridos no país em 2022. O aumento ocorre após queda observada no ano de 2019 e acentuada no ano de 2020, período crítico da epidemia de Covid-19. Apesar da leve melhora, o dado mostra que o principal indicador não se alterou de forma significativa desde 2017, ano no qual a análise começou a ser realizada.
Método
O indicador de esclarecimento de homicídios representa a porcentagem de homicídios dolosos consumados em determinado ano que tiveram ao menos um (a) autor (a) denunciado pelo Ministério Público até o fim do ano seguinte. Para elaborar a nova edição do estudo, os dados foram requisitados aos Ministérios Públicos e Tribunais de Justiça de todos os estados brasileiros por meio da Lei de Acesso à Informação. A pesquisa contabilizou um total de 22.880 homicídios dolosos ocorridos em 2022, dos quais 8.919 resultaram em denúncias criminais até dezembro de 2023.
Na sétima edição do estudo, foi possível calcular o indicador para 18 estados, sendo que os dados foram fornecidos por Ministérios Públicos em 13 deles e por Tribunais de Justiça em cinco. Nove estados ficaram de fora do cálculo devido a dados incompletos, que incluíam a ausência da data do homicídio ou um percentual superior a 20% de processos sem essa informação.
Da redação, com informações da Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás
Graduada em Comunicação Social – Jornalismo pelo Centro Universitário de Brasília (UniCeub), Amanda Escorsin atua como editora-chefe no portal Dama do Poder e atuou como Diretora de Redação no portal Lupa Política. A jornalista que se inspira em contar histórias, escolheu a profissão quando tinha 14 anos de idade e tem como suas paixões empreendedorismo, marketing e mundo corporativo.