Publicado por: Amanda Escorsin | 7 abr 2025
Anúncio do ex-presidente norte-americano reacende temores de guerra comercial e provoca reações negativas em mercados e líderes mundiais
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta segunda-feira (7) que pretende impor uma tarifa adicional de 50% sobre todos os produtos importados da China, caso o governo chinês não recue na retaliação tarifária de 34% anunciada recentemente. A medida, se implementada, elevaria as tarifas totais para 104%, configurando um novo capítulo na já turbulenta relação comercial entre as duas maiores economias do planeta.
Trump usou sua rede social, Truth Social, para afirmar que qualquer país que retaliar “pagará tarifas muito mais altas”, sinalizando que não pretende ceder em sua abordagem agressiva no comércio exterior. O anúncio ocorre em meio a acusações mútuas entre os dois países sobre práticas comerciais desleais e questões envolvendo o combate ao tráfico de fentanil.
As bolsas de valores ao redor do mundo reagiram negativamente à ameaça. O índice Dow Jones caiu 750 pontos, enquanto outras bolsas também registraram perdas expressivas, refletindo o medo de uma nova guerra comercial global e de um cenário de recessão econômica.
A China criticou duramente a postura de Trump, afirmando que tarifas unilaterais “não resolverão os problemas internos dos Estados Unidos” e que o país asiático “não aceitará ameaças nem opressão”. O governo chinês indicou que está pronto para defender seus interesses, mantendo firme sua retaliação.
Líderes internacionais também demonstraram preocupação. A União Europeia afirmou estar aberta ao diálogo, mas pronta para adotar medidas de resposta. Já o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, alertou para os possíveis impactos econômicos profundos de um conflito comercial prolongado entre EUA e China.
Economistas alertam que o aumento das tarifas pode gerar inflação, prejudicar cadeias globais de suprimentos e reduzir os investimentos internacionais. Empresários como Elon Musk e o bilionário Bill Ackman já se manifestaram contra a medida, classificando-a como um erro estratégico que pode afetar diretamente o consumo e a produção.
Apesar das críticas, o governo Trump mantém seu posicionamento. O assessor de comércio Peter Navarro reforçou que o objetivo é forçar mudanças estruturais na economia chinesa e proteger a indústria norte-americana.
Da Redação, com informações da CNN Brasil
Graduada em Comunicação Social – Jornalismo pelo Centro Universitário de Brasília (UniCeub), Amanda Escorsin atua como editora-chefe no portal Dama do Poder e atuou como Diretora de Redação no portal Lupa Política. A jornalista que se inspira em contar histórias, escolheu a profissão quando tinha 14 anos de idade e tem como suas paixões empreendedorismo, marketing e mundo corporativo.