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GASTRONOMIA

Sabores do fogo: os diferentes estilos de churrasco que conquistam o mundo

Publicado por: Amanda Escorsin | 7 abr 2025

Do fogo de chão brasileiro ao barbecue texano, conheça as tradições e técnicas que definem as principais escolas de carne no planeta

O churrasco é mais do que uma técnica culinária — é um ritual que varia conforme a cultura, o clima e os ingredientes disponíveis em cada canto do mundo. Em uma viagem por diferentes estilos de assar carne, é possível compreender como a relação com o fogo, os temperos e os cortes refletem a identidade de um povo.

No Brasil, especialmente na região Sul, o churrasco é símbolo de confraternização. A estrela é a picanha, servida com generosas camadas de sal grosso e assada em espetos sobre brasas, no tradicional “fogo de chão”. Essa técnica remonta aos antigos gaúchos do século XVII, que cozinhavam grandes peças com osso diretamente no solo aquecido.

Na Argentina, o “asado” é preparado na “parrilla”, uma grelha inclinada onde cortes como bife de chorizo e costela são assados lentamente. A simplicidade no tempero — geralmente só sal — valoriza o sabor natural da carne. Mais do que um prato, o asado argentino é uma ocasião social, quase um ritual nacional.

Nos Estados Unidos, o barbecue é um estilo icônico, especialmente no Texas. A técnica envolve defumação lenta em pit smokers, com destaque para o brisket (peito bovino), que cozinha por horas até atingir textura macia e suculenta. Molhos regionais e marinadas completam o sabor característico do sul norte-americano.

No Japão, o yakitori representa um lado mais minimalista e técnico do churrasco. Pequenos espetos de frango, que aproveitam todas as partes do animal, são grelhados sobre carvão e servidos em izakayas, bares populares espalhados pelo país. O foco está no equilíbrio entre textura e sabor.

Já na Coreia do Sul, o churrasco se torna uma experiência participativa. No Korean barbecue, os próprios comensais grelham cortes como o bulgogi (carne bovina marinada) ou o samgyeopsal (barriga de porco) diretamente na mesa, acompanhados por arroz, folhas, molhos e os famosos banchan — pequenos pratos de acompanhamentos.

Embora diferentes em técnica, ritmo e ingredientes, essas escolas da carne compartilham algo em comum: a valorização do fogo como elo entre cultura, sabor e tradição. De norte a sul, de leste a oeste, o churrasco segue sendo um ato universal de celebração.

Da Redação

Amanda Escorsin

Graduada em Comunicação Social – Jornalismo pelo Centro Universitário de Brasília (UniCeub), Amanda Escorsin atua como editora-chefe no portal Dama do Poder e atuou como Diretora de Redação no portal Lupa Política. A jornalista que se inspira em contar histórias, escolheu a profissão quando tinha 14 anos de idade e tem como suas paixões empreendedorismo, marketing e mundo corporativo.