Foto: Divulgação/ Fepecs

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DF: primeira Escola de Saúde Pública é criada

Publicado por: Amanda Escorsin | 26 jun 2024

A instituição fortalecerá o campo da educação com programas voltados à qualificação de profissionais; a novidade foi publicada no DODF desta quarta-feira (26).

Após seis meses de planejamento e debate, a Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs) concluiu o processo de criação da primeira Escola de Saúde Pública do Distrito Federal (ESP). A novidade foi divulgada no Diário Oficial do DF (DODF) nesta quarta-feira (26), após uma reunião dos gestores da instituição com o governador Ibaneis Rocha, que aprovou o projeto e ofereceu apoio à nova iniciativa.

Esse é o diferencial das outras escolas do Brasil, pois, com autonomia financeira, temos maior facilidade para o desenvolvimento de cursos e oferta ampliada de vagas

Diretora-executiva da Fepecs, Inocência Rocha Fernandes.

Com a aprovação do conselho deliberativo, a ESP foi estabelecida para fortalecer o campo da educação em saúde e já nasce com robustez, pois estará vinculada a uma fundação que possui recursos e orçamento próprios.

Durante os debates sobre a criação da ESP, foram discutidos temas além do fortalecimento da educação em saúde, como a valorização do trabalho e dos profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) e a consolidação da Universidade do Distrito Federal Professor Amaury Maia Nunes (UnDF). A UnDF também será beneficiada com cursos de capacitação para docentes e uma parceria em um novo programa de residência pedagógica. “O GDF tinha duas dívidas com a sociedade: uma universidade pública e uma escola de saúde pública. Ambas estão sendo quitadas nesta gestão do governo”, observa Inocência.

Com a criação da ESP, a estrutura da Fepecs será reformulada – a Escola Técnica de Saúde de Brasília (Etesb) e a Escola de Aperfeiçoamento do SUS (Eapsus) serão incorporadas à nova Escola de Saúde Pública.

A primeira unidade da Escola de Saúde Pública do país foi criada em Minas Gerais, em 1946, antes mesmo da criação do SUS. O DF era uma das sete unidades da Federação que ainda não tinham uma ESP, ressaltando a importância de sua criação. “Graças ao apoio do governador e da Secretaria de Saúde, essa ideia saiu do papel e se concretizou em uma nova missão, que vamos cumprir com muito comprometimento e trabalho”, afirma a gestora.

Nova estrutura da Fepecs

Com a criação da ESP, a estrutura da Fepecs será modificada – a Escola Técnica de Saúde de Brasília (Etesb) e a Escola de Aperfeiçoamento do SUS (Eapsus) serão incorporadas à nova Escola de Saúde Pública, que continuará oferecendo cursos técnicos e capacitação para profissionais de saúde.

A ESP ampliará a oferta de vagas para ensino técnico em enfermagem, em parceria com os residentes, para aumentar o acesso à educação na área da saúde.

Além disso, os cursos de pós-graduação lato sensu e stricto sensu da Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs) também serão integrados à ESP, a fim de oferecer mais vagas e criar novas especializações gratuitamente para a população do DF e para os servidores do SUS. “Apenas a estrutura será alterada; as escolas se tornarão uma unidade, que é a ESP, continuando o que já era feito anteriormente, mas de maneira aprimorada e integrada”, garante Inocência.

Os cursos de enfermagem e medicina da Escs permanecerão como estão, mantidos pela Fepecs e integrados à UnDF. Apenas as áreas de especialização, pesquisa e residência serão transferidas para a ESP.

Dinâmica da ESP

Com o objetivo de ser responsável pela educação em saúde, além de formular e executar programas de qualificação para os profissionais do SUS, a ESP será uma unidade de concentração que fortalecerá o trabalho já realizado pela Etesb e Eapsus, com possibilidades de expansão e estabelecimento de parcerias externas para aprimorar o trabalho.

No contexto da UnDF, será estabelecida uma colaboração para dar continuidade aos cursos de pós-graduação lato sensu e stricto sensu que anteriormente eram oferecidos pela Escs. Além disso, serão desenvolvidos programas de capacitação para os docentes da universidade e um novo curso de residência pedagógica, com o objetivo de estreitar os laços da instituição com o SUS.

Outro destaque da ESP é a chance de participar de processos de financiamento de iniciativas promovidas pelo Ministério da Saúde (MS), abrangendo a UnDF, para atrair mais recursos destinados a pesquisas. Seguindo essa linha de inovações, a ESP aumentará a oferta de vagas para o ensino técnico em enfermagem, em parceria com os residentes, com o intuito de ampliar o acesso à educação na área da saúde. De maneira inédita, também criará cursos pós-técnicos que ainda não foram disponibilizados pela rede pública no DF.

Da redação, Com informações da Fepecs e Agência Brasília

Amanda Escorsin

Graduada em Comunicação Social – Jornalismo pelo Centro Universitário de Brasília (UniCeub), Amanda Escorsin atua como editora-chefe no portal Dama do Poder e atuou como Diretora de Redação no portal Lupa Política. A jornalista que se inspira em contar histórias, escolheu a profissão quando tinha 14 anos de idade e tem como suas paixões empreendedorismo, marketing e mundo corporativo.