Até agora, mais de R$ 900 milhões foram aplicados pelo GDF em obras que vão além da drenagem, incluindo pavimentação, acessibilidade e paisagismo. Desse total, R$ 230 milhões foram dedicados exclusivamente à construção de 39 lagoas de detenção. | Foto: Matheus H. Souza
Publicado por: Amanda Escorsin | 7 out 2024
Desse montante, R$ 230 milhões são aplicados exclusivamente na construção de reservatórios, cuja função é reter águas pluviais e regular a vazão do sistema de drenagem
Originalmente planejada para acomodar 500 mil habitantes, Brasília atualmente abriga cerca de 3 milhões de pessoas – seis vezes mais do que os fundadores previram para a capital. Esse rápido crescimento populacional gera uma demanda por infraestrutura urbana moderna e compatível com as necessidades atuais da cidade, um desafio constante para o Governo do Distrito Federal (GDF). Desde 2019, quase R$ 1 bilhão já foi investido apenas em melhorias e ampliação das redes de drenagem e captação de águas pluviais nas várias regiões administrativas.
Além de garantir um escoamento adequado das águas pluviais, as intervenções realizadas em diferentes regiões do DF têm como objetivo a preservação dos cursos hídricos que abastecem a capital, inclusive o Lago Paranoá – um ponto popular de lazer e esporte para os brasilienses. Nesse contexto, as lagoas de detenção emergem como elementos fundamentais para controlar a qualidade da água que chega aos cursos hídricos.
Essenciais para o sistema de drenagem pluvial, essas lagoas permitem a retenção temporária das águas das chuvas, liberando-as gradualmente nos cursos d’água, o que evita inundações e sobrecarga nos córregos e rios. Além disso, os reservatórios filtram sedimentos e resíduos antes de a água alcançar os mananciais, contribuindo para a sustentabilidade ambiental dos recursos hídricos.
Ao todo, mais de R$ 900 milhões já foram aplicados pelo GDF em diversas obras, que, além de drenagem, incluem pavimentação, acessibilidade e paisagismo. Desses recursos, R$ 230 milhões foram destinados exclusivamente à construção de 39 lagoas de detenção em várias regiões do DF entre 2019 e 2024.
“O nosso propósito com essas obras é, antes de tudo, oferecer qualidade de vida à população. Proporcionamos segurança e evitamos erosões e assoreamentos nas lagoas e lagos que recebem as águas da chuva, prevenindo inundações no Plano Piloto, preservando o meio ambiente e assegurando a manutenção dos nossos recursos hídricos”, enfatiza a vice-governadora Celina Leão.
Qualidade de vida
Das quase 40 bacias em construção, 14 estão localizadas em Vicente Pires, sendo que 13 já foram concluídas, com uma em fase final. A cidade é a que mais recebeu investimentos desse tipo em todo o DF, com R$ 105 milhões aplicados na criação dos reservatórios para solucionar problemas crônicos de alagamentos e enxurradas.
Segundo Valter Casimiro, secretário de Obras e Infraestrutura do DF, “essas obras são fundamentais para garantir que a cidade esteja protegida de problemas futuros. Vale ressaltar que todos os projetos de drenagem realizados até agora visam garantir que novas construções já contem com estruturas preparadas para captar a água da chuva”.
Outra região que recebeu expressivos investimentos em infraestrutura e drenagem urbana foi Sol Nascente, com mais de R$ 300 milhões direcionados para melhorias que oferecem maior tranquilidade aos moradores. Desse total, R$ 75 milhões foram alocados para a construção de oito lagoas – cinco já finalizadas e três em construção.
Além de Vicente Pires e Sol Nascente, as áreas de Taguatinga, Vila Telebrasília, Bernardo Sayão, Parque do Cortado, Setor de Oficinas (SOF) Sul, Setor de Inflamáveis, Parque da Cidade e DF-290 também receberam novos reservatórios ou tiveram suas bacias existentes expandidas.
“O GDF tem investido amplamente no sistema de drenagem pluvial, reconhecendo que a cidade cresceu consideravelmente, com muitas áreas impermeabilizadas, o que aumenta a necessidade de adequar o sistema de drenagem às novas realidades da capital”, enfatiza Valter Casimiro, secretário de Obras e Infraestrutura do DF.
Casimiro acrescenta: “Essas obras são fundamentais para garantir que problemas futuros sejam evitados. Todos os projetos de drenagem até aqui buscam assegurar que novas construções contem com estruturas adequadas para captar a água da chuva”, diz o secretário, responsável pela construção de 35 reservatórios.
Essenciais para o sistema de drenagem, as lagoas de detenção permitem a retenção temporária das águas da chuva, liberando-as gradualmente para evitar inundações e sobrecarga nos córregos e rios.
Drenar-DF
O Drenar DF, maior programa de escoamento do GDF, representa uma resposta esperada há décadas contra as frequentes enxurradas e alagamentos que afetam os moradores das quadras 1 e 2 da Asa Norte. Com um investimento de R$ 180 milhões, o projeto prevê uma grande expansão da capacidade de captação de águas pluviais na região, incluindo a construção de uma bacia de detenção com capacidade para armazenar até 96 mil m³.
Até o momento, a Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), responsável pela execução do projeto, concluiu a escavação de mais de 220 mil m³ do reservatório, que constitui a fase final do programa. Localizada no Parque Urbano Internacional da Paz, a bacia tem a função dupla de reduzir a pressão sobre o volume de água que desemboca no Lago Paranoá e permitir que a terra e o lixo arrastados pelas enxurradas sejam filtrados e decantem no fundo, possibilitando a requalificação das águas pluviais.
A bacia possui um período de retorno de 25 anos, ou seja, espera-se que uma chuva de intensidade semelhante ocorra a cada 25 anos, com uma vazão máxima compatível com a rede de drenagem.
Da redação, com informações da Agência Brasília
Graduada em Comunicação Social – Jornalismo pelo Centro Universitário de Brasília (UniCeub), Amanda Escorsin atua como editora-chefe no portal Dama do Poder e atuou como Diretora de Redação no portal Lupa Política. A jornalista que se inspira em contar histórias, escolheu a profissão quando tinha 14 anos de idade e tem como suas paixões empreendedorismo, marketing e mundo corporativo.