Foto: Reprodução

NotíciasPOLÍTICA

CLIMÃO: Chances de faltar combustível e furo de teto são destaques desta terça (19)

Publicado por: Amanda Escorsin | 19 out 2021

Por Amanda Escorsin

O ministro Paulo Guedes discorda do furo de teto estudado pelo governo para implantação do Auxílio Brasil

Nesta terça-feira(19), além da alta dos preços nos combustíveis, a Petrobras gerou um clima de tensão para a população após admitir o risco de desabastecimento em novembro, apesar de ter negado a mesma hipótese há quatro dias. A explicação da empresa é que a demanda dos distribuidores por diesel e gasolina aumentou em comparação ao mesmo período em 2019, fazendo com que os pedidos de fornecimento ultrapassassem a a demanda dos meses anteriores.

Auxílio Brasil

Ainda nesta tarde, além do cancelamento da cerimônia de lançamento do Auxílio Brasil que estava prevista para as 17h, por falta de acordo, o ministro da Economia, Paulo Guedes demonstrou total irritação em reunião de líderes por não estar de acordo com a medida que envolve a liberação de recursos que furam o teto de gastos e que podem custar caro ao governo atual. Isso, caso seja aprovado o acréscimo desejado pelo presidente.

Para o novo Bolsa Família, o governo estimava pagar R$300 para 17 milhões de famílias de baixa renda que já são cadastradas no programa. No entanto, com o acréscimo de R$ 100 determinado por Bolsonaro, o valor passa a ser R$ 400. Os gastos estimados para 2022 aos cofres públicos são de R$ 84,7 bilhões.

Discórdias

O deputado federal Marcelo Aro (PP-MG), relator da medida provisória do Auxílio Brasil, afirmou que além dos R$ 35 bilhões previstos para o programa permanente, ainda existe uma discussão interna no governo sobre dois programas temporários que chegam a custar mais R$ 50 bilhões, totalizando R$ 85 bilhões, que segundo ele, ultrapassa o teto.

O deputado questionou a intenção do governo sobre cunho eleitoral e o valor gasto com assistência social sem um planejamento antecedente para elaboração do programa, afirmando ainda que há falta de diálogo com o Ministério da Economia.

Em hora nenhuma o Ministério da Economia me passou números. Eu vinha cobrando do ministério um posicionamento, números. Eles não me passaram. E aí tive a notícia desses dois auxílios temporários que, na minha opinião, não é o caminho. Nós precisamos de uma política estruturante, de estado. Eu não acredito que benefícios temporários sejam a solução para essa camada mais vulnerável, mais necessitada do país. A gente quer sim um volume mais vultuoso, que o beneficiário receba mais. Mas de maneira estruturante.

Marcelo Aro, deputado federal

A reunião de líderes contou com a participação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), do ministro João Roma (Cidadania), do ministro Ciro Nogueira (Casa Civil), da Secretaria de Governo, Flávia Arruda e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Da Redação

Amanda Escorsin

Graduada em Comunicação Social – Jornalismo pelo Centro Universitário de Brasília (UniCeub), Amanda Escorsin atua como editora-chefe no portal Dama do Poder e atuou como Diretora de Redação no portal Lupa Política. A jornalista que se inspira em contar histórias, escolheu a profissão quando tinha 14 anos de idade e tem como suas paixões empreendedorismo, marketing e mundo corporativo.