Foto: Reprodução/ Inshock
Publicado por: Carol Castro | 9 abr 2021
De acordo com informações, o homem conseguiu persuadir vítimas de dentro e fora da capital do país
Por Carol Castro
Após chamar atenção de várias vítimas prometendo transferir cartas de crédito de alto valor a pessoas que pretendiam investir em imóveis e na compra de automóveis em Brasília, Gleisson Oliveira Lima, de 32 anos, está sendo investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal por estelionato. De acordo com informações da PCDF, o homem teria feito cerca de 40 vítimas no DF e em outras duas capitais antes de ser autuado pelas autoridades.
Gleisson, que se apresentava como representante da Caixa Seguradora por meio da empresa BSB Soluções de Crédito, abordava as vítimas dizendo possuir algumas cartas de crédito em seu nome que poderiam ser utilizadas como pagamento para a compra do que o cliente estivesse procurando, oferecendo uma entrada baixa e prometendo fechar acordos em grandes parcelas.
Golpes financeiros e burocráticos
Não satisfeito, Gleisson também persuadia suas vítimas se apresentando como advogado. Vanessa Tayara Nascimento, de 34 anos, uma das vítimas do estelionatário, conta que o homem se aproximou dela após a mesma entrar em um grupo do Facebook a procura de um advogado que pudesse ajudá-la a resolver um problema com seu visto de migração internacional, há dois anos atrás.
“O primeiro contato foi bem convincente. Ele me disse que já tinha pegado vários casos semelhantes e que em todos tinha obtido sucesso, então acreditei”, conta Vanessa. Pelo serviço, Gleisson havia cobrado R$5 mil da vítima, que só percebeu a fraude após ter pago mais de 90% do valor.
Quando eu disse que só pagaria o restante quando ele me chamasse para assinar os documentos ele sempre inventava uma desculpa, então eu pedi meu dinheiro de volta e ele me enrolava. Passou até a querer extorquir meu ex-namorado para que ele o pagasse. Eu ameacei denunciar e ele começou a me colocar medo.
Vanessa Tayara, vítima do estelionatário
De acordo com Vanessa, Gleisson dizia que, caso ela fosse até a delegacia, ele entraria com um processo de calúnia e difamação contra a mulher. Após receber as ameaças, Vanessa procurou as autoridades competentes na 27ª Delegacia de Polícia do Recanto das Emas. Até o fechamento desta matéria, não foram apresentadas soluções para o caso.
Punição
De acordo com o projeto de lei 2.068, aprovado em 5 de agosto de 2020 na Câmara dos Deputados, o crime de estelionato pode ser classificado como estelionato majorado, com penas maiores caso seja praticado por meio de redes sociais, por funcionários público ou presidiários, e estelionato comum, com pena de um a cinco anos de reclusão e multa para quem pratica golpes para tentar obter vantagens.
Atualmente, o crime de estelionato majorado aponta aumento de um terço da pena, caso seja praticado contra entidade de direito público ou instituto de economia popular, de assistência social ou beneficência, bem como golpes aplicados utilizando-se celulares ou outros aparelhos similares.
Da Redação
Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Católica de Brasília, Carol Castro tem passagem por assessoria de imprensa, redação e rádio.