Foto: Reprodução / TV Brasil
Publicado por: Carol Castro | 29 mar 2021
Após início da fabricação de novos medicamentos brasileiros, senadores discutem uso emergencial de vacina russa
Por Carol Castro
De acordo com o secretário de Pesquisa e Formação Científica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcelo Morales, dois novos imunizantes brasileiros contra a covid-19 estão em fase avançada de produção: um spray nasal, desenvolvido pelo Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas, na USP, e uma vacina desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais.
Segundo Morales, os projetos medicamentosos aguardam autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciarem testes clínicos no Brasil. Para o Ministério de Ciência e Tecnologia, uma vez iniciada a Fase 1 que avalia a segurança das vacinas em pacientes, serão necessários de R$ 20 a R$ 30 milhões. Já para a Fase 2, que comprova a eficácia da vacina, serão necessários de R$ 200 a R$ 320 milhões.
Como explica o ministro, o primeiro imunizante que não utiliza seringa e nem agulha “aumenta a quantidade de imunoglobulina e impede a entrada do vírus nas vias respiratórias.” Já o segundo, trata-se de uma vacina que “utiliza uma plataforma de vírus influenza e adenovírus”, que de acordo com especialistas, é tão eficaz contra o novo coronavírus quanto para uma gripe comum.
Vacina russa
Durante audiência pública realizada na manhã desta segunda-feira (29), os líderes do Senado Federal debateram sobre a possibilidade do uso emergencial do imunizante Sputnik V no país. Na semana passada, o pedido para utilização do medicamento em solo brasileiro foi suspenso por falta de documentos. Uma vez com a documentação toda em mãos, a Anvisa pretende entregar um parecer em até sete dias úteis.
Segundo a diretora da Anvisa, Meiruze Freitas, ainda existem dúvidas sobre as informações referentes as comparações das áreas de fabricação da vacina russa em âmbito experimental e comercial.
Não há bases de dados disponíveis com todos os países que avaliaram a vacina. Entretanto, essa vacina foi autorizada para uso antecipado pela Rússia e foi autorizada emergencialmente por diversos países do mundo, entre os quais destaco a Argentina e o México. (…) É preciso garantir que a fabricação preserve as características da qualidade da vacina.
Meiruze Freitas, diretora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Da Redação
Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Católica de Brasília, Carol Castro tem passagem por assessoria de imprensa, redação e rádio.