EUA bombardeiam instalações nucleares do Irã e tensão dispara no Oriente Médio

Irã promete retaliação pesada após ofensiva americana; especialistas temem escalada global no conflito

Os Estados Unidos atacaram neste sábado (22) três importantes instalações nucleares do Irã, intensificando de forma drástica o conflito no Oriente Médio. A ofensiva, feita em conjunto com Israel, mira conter o avanço do programa nuclear iraniano, mas gerou reações imediatas e promete agravar ainda mais a crise na região.

De acordo com autoridades americanas, os alvos foram as usinas nucleares de Natanz, Isfahan e Fordow. A operação envolveu bombardeiros B-2 e mísseis Tomahawk lançados de submarinos, focando estruturas subterrâneas de enriquecimento de urânio. O Pentágono afirmou que o objetivo foi neutralizar a capacidade nuclear iraniana, sem atingir civis.

Em resposta, o Irã confirmou que prepara um contra-ataque “em larga escala” contra alvos dos EUA e de Israel. Poucas horas após os bombardeios, mísseis foram lançados em direção ao território israelense, deixando dezenas de feridos. O governo iraniano também ameaçou fechar o Estreito de Ormuz, rota estratégica por onde passa cerca de 30% do petróleo mundial, o que poderia gerar impactos severos na economia global.

A ofensiva acendeu alertas em diversas nações. A Rússia condenou duramente a ação americana e prometeu levar o caso ao Conselho de Segurança da ONU, acusando Washington de violar o direito internacional. China e União Europeia pedem cessar-fogo imediato e abertura de negociações, enquanto Israel segue em estado de alerta máximo, com sirenes de ataque aéreo sendo acionadas em várias cidades.

Especialistas em geopolítica alertam que o conflito, até então concentrado entre Irã e Israel, agora ganha proporções ainda mais perigosas com a entrada direta dos Estados Unidos. Há temor de que a escalada atinja outros países da região, envolva grupos aliados do Irã, como o Hezbollah no Líbano, e cause impactos globais, especialmente no mercado de energia.

Até o momento, o presidente dos Estados Unidos não se pronunciou oficialmente após a operação, mas o Pentágono reforçou que “os EUA estão preparados para qualquer cenário”. Do lado iraniano, a retórica é de resistência total e de promessa de vingança proporcional à agressão sofrida.

O mundo inteiro acompanha, em estado de alerta, os próximos passos de um conflito que, nas últimas horas, deixou de ser apenas regional e passa a ameaçar a estabilidade internacional.

Da Redação, com informações do UOL Notícias