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Publicado por: Amanda Escorsin | 14 out 2022
Por Amanda Escorsin
Há poucos dias do segundo turno para eleição presidencial, o governador reeleito de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), explicou sua decisão ao declarar apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Apesar de os dois terem tido choques em 2020, devido divergências sobre o combate à pandemia da Covid-19, o chefe do Executivo goiano diz que pesaram outros fatores, apesar de que a relação com Lula não causaria intranquilidade. Em entrevista cedida à Folha de S. Paulo, Caiado diz que levou em conta o “contexto global”.
“Sou uma pessoa extremamente coerente. Se eu tivesse mudado a minha posição em relação às ações que tomei para enfrentar a pandemia, aí sim. Esse é um assunto superado em decorrência da chegada da vacina e dos protocolos que implantei”, afirmou o governador após romper publicamente com o presidente Jair Bolsonaro (PL) no início da pandemia de Covid-19. O chefe do Executivo goiano rebateu as críticas de que estaria sendo incoerente ao se engajar na campanha do chefe do Executivo no segundo turno, pois segundo ele, as divergências entre eles já estavam superadas.
Sem divergências
Caso o candidato Lula (PT) vença, o governador de Goiás disse que respeita a liturgia do cargo público e que apesar de estar trabalhando para que a vitória seja de Bolsonaro, o candidato da oposição não é visto como inimigo. “Eu aprendi que você tem que respeitar a liturgia do cargo público. Se ele for o presidente, eu chegarei lá como governador do estado de Goiás. Da mesma maneira, ele vai me tratar como sendo presidente da República. […] Nós convivemos na Câmara e no Senado a vida toda. Essas coisas [divergências], na democracia, não significam que você não vá conversar, que seja inimigo. Essas coisas não me dão nenhuma intranquilidade. Claro que vou trabalhar para que Bolsonaro seja o presidente“, disse.
Você tem que analisar o todo. Você, por exemplo, coloca o problema da pandemia, um ponto de divergência. […] Eu discuti com o presidente, mas é meu estilo. Vão ter momentos em que vou concordar e outros em que vou discordar, mas, se eu puser na balança, avancei muito mais na parceria com o presidente Bolsonaro do que, acredito eu, se tivesse a continuidade do governo Dilma. Então você não pode apenas botar na balança a divergência da pandemia. Tem que entrar todos os outros critérios que também foram fundamentais
Ronaldo Caiado, governador de Goiás
Da Redação
Graduada em Comunicação Social – Jornalismo pelo Centro Universitário de Brasília (UniCeub), Amanda Escorsin atua como editora-chefe no portal Dama do Poder e atuou como Diretora de Redação no portal Lupa Política. A jornalista que se inspira em contar histórias, escolheu a profissão quando tinha 14 anos de idade e tem como suas paixões empreendedorismo, marketing e mundo corporativo.