Foto: Amanda Escorsin/Dama do Poder
Publicado por: Amanda Escorsin | 2 jun 2021
A ideia é que o parque seja mais um ponto de denúncia para as vítimas de agressão
Nesta quarta-feira (2), será fornecida uma capacitação em parceria com a Secretaria da Mulher do Distrito Federal para treinar colaboradores acerca do Código Sinal Vermelho e sobre como participar da campanha. Cerca de dez pessoas, que serão multiplicadoras para as equipes, participarão da capacitação. Em Brasília, o Parque da Cidade será mais um aliado no combate à violência doméstica e familiar. Vigilantes e funcionários da limpeza e conservação do maior parque urbano da América Latina, além dos funcionários da própria administração, serão treinados para participar da campanha do Código Sinal Vermelho, que incentiva as vítimas de violência doméstica e familiar a pedirem ajuda de forma silenciosa, por meio de um “X” vermelho pintado na mão.
Segundo a secretária da Mulher do DF, Ericka Filippeli, cafés, restaurantes e hotéis estão cadastrados na campanha e em maio, 350 funcionários do Sistema Social do Comércio (Sesc) foram capacitados para auxiliar mulheres vítimas de violência. Segundo dados da Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídios e Feminicídios, da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP/DF), verificou-se que, em 2020, no Distrito Federal, 94% das vítimas de feminicídio não fizeram boletim de ocorrência ou alguma denúncia antes da fatalidade.
O Parque da Cidade é o coração de Brasília, onde circulam milhares de pessoas todos os dias. É importante que os funcionários desse local passem pela capacitação para que o parque seja mais um ponto de informação e que as pessoas ajudem na luta pelo enfrentamento da violência contra a mulher
Ericka Filippelli, secretária da Mulher do DF
Como funciona
O decreto assinado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) estabelece que as vítimas de violência doméstica poderão ir a um dos estabelecimentos participantes e apresentar um “X” vermelho na mão, como sinal de que estão vivendo uma situação de vulnerabilidade. A mulher também poderá pedir ajuda verbalmente.
Quem receber a denúncia deve manter a calma para não chamar a atenção das pessoas à volta sobre a condição da mulher e, menos ainda, levantar suspeitas do agressor caso ele esteja por perto. A providência indicada é anotar todo os dados da vítima e, caso ela tenha necessidade de sair do local, ligar, imediatamente, para os números 190 (Emergência – Polícia Militar), 197 (Denúncia – Polícia Civil) ou 180 (Central de Atendimento à Mulher) para reportar a situação às autoridades competentes.
Da Redação
Com informações da Agência Brasília
Graduada em Comunicação Social – Jornalismo pelo Centro Universitário de Brasília (UniCeub), Amanda Escorsin atua como editora-chefe no portal Dama do Poder e atuou como Diretora de Redação no portal Lupa Política. A jornalista que se inspira em contar histórias, escolheu a profissão quando tinha 14 anos de idade e tem como suas paixões empreendedorismo, marketing e mundo corporativo.